sábado, 29 de novembro de 2008

O judeu.

Por Felipe Grilo.


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Cela escura, paredes imundas, umidade e bolor, visão turva na água da chuva, poças de sangue, cortes, fraturas e a humanidade em horror. Fecham as portas e abrem as escotilhas logo atrás de mim, deixando apenas dois pulmões livres para sentir, com alívio, o cheiro do gás.

domingo, 23 de novembro de 2008

As cinco piores cidades que já visitei(ou não)

Ante ao interlúdio criativo pelo qual venho passando,nada melhor do que recorrer ao meu manancial de ironia provocativa para sacudir um pouco as estruturas.Espero que ninguém se sinta ofendido com as descrições das cidades,é apenas a maneira como interiorizei determinadas características.Mas como bom linguarudo e falastrão que sou,não procuro palavras garbosas para eufemizar o que exponho.Enfim,correndo o risco de ser mal interpretado ou não,aqui vão as cinco piores cidades que já visitei:

Quinto Lugar: SÃO BERNARDO DO CAMPO

(Peço desde já perdão aos meus amigos blogueiros)Maravilha de cidade.Cinzenta, suja, violenta; tão poluída que você não respira moléculas de oxigênio e sim pequenas gotas de Câncer.Se eu fosse o prefeito da cidade colocaria o seguinte slogan: "São Bernardo: O frio de Campos do jordão, com a classe de Nazaré das farinhas!"

Quarto Lugar: ÁGUAS DE LINDÓIA

Me lembra Twin Peaks,uma cidade aparentemente tranqüila,mas que esconde tanta sujeira que faria Satã corar.Pessoas mesquinhas, faladeiras,cowgirls que tem orgasmos múltiplos ao verem um pick-up Dakota, e um refúgio da escória santista.Com certeza, criaria meus filhos nessa cidade...se eu quisesse matá-los lenta de dolorosamente é claro.

Terceiro Lugar: CAMPOS DO JORDÃO

Nunca estive lá, mas essa é auto-explicativa...como dizem por aí "Não preciso comer merda pra saber que eu não gosto!"

Segundo Lugar: PRAIA GRANDE

Essa eu posso falar com grande embasamento,pois freqüentei essa megalópole durante dois anos e posso dizer que se gente feia estrelasse filmes em Hollywood,Praia Grande seria o estúdio da Universal Movies.Quando digo pessoas feias,não me refiro à aparência(embora por vezes tenha me sentido num bairro próximo a Chernobyl) mas sim a atitudes,mesquinharia,falso moralismo. Um lugar onde as carolas te julgam por sua roupa e dobrando a esquina passam numa locadora para locar "a enfermeira sapeca".A bandidagem corre solta,o tráfico também,e sem contar que quando chega o feriado,a nata de São Paulo, vindo de bairros nobres como Diadema,Capão Redondo, Santo Amaro aporta por lá, deixando um rastro de frango frito e latas de cervejas famosas como Cristal e Krill( é o que dá pra comprar).

Primeiro Lugar: MARESIAS

Ahh...as lagrimas me correm à face quando falo dessa magnífica cidade.Antro de Playboys, Patys,maromba,maconha, surf não desportivo,baladas "baratinhas"(com cerca de 80 reais você pode desfrutar de uma note no Sirena, que fica ao lado de um mangue sujo e nojento).Enfim, Deus me livre de estar numa cidade onde até os cachorros se recusam a te olhar na cara.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Velhas coisas de sempre.

Por Vinícius Noronha,

Noites sem sono costumam ser mais fáceis quando não se tem algo a se pensar. Será que um dia eu conseguirei esvaziar de mim todas as virtudes que tentei me forçar a ter para assim não me arrepender de tantas experiências que não tive?
Acho que nem ela nem eu estivemos preparados. Tinha dito que quem desistisse primeiro não iria ver a dor de frente, deixando o outro mais vulnerável à qualquer pequena aflição que a ausência do primeiro, ou no caso de si mesmo, pudesse causar.
- Eu tenho tanta coisa pra te dizer, o problema são as palavras.
- Não, o problema é que dizer não basta. Dizer é muito simples e tem coisas que você nunca vai sacar...
- Por que diz isso...?
Tem horas que o silêncio não diz nada. Só fere.
Eu desejara que meu grito interno rompesse essa incapacidade de ação que minha insegurança cria e atravessasse todos os cômodos, cidades e labirintos em que já estive com ela, e pousasse em sua tranquilidade pra me dizer todas aquelas velhas coisas de sempre, e desse um exemplo do que ações não são eficazes em demonstrar.
- E de que adianta tudo isso?
- Adianta que você nunca vai ter isso de novo
- Ah...

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Segredo.

Por Sergio Faria.

O que era pra ser apenas sorrisos e palavras
Transformou-se em afeição e fixação
Descobri que a saudade que eu sentia do que senti
Era tamanha mas não infinita
Foi quando me iludi com minha maturidade
A carência enfraqueceu a razão
E eu não quis enxergar a paixão
E o sofrimento de mãos dadas
Controlei teus gestos, olhares e falas
Mas não o vício de pensar em você

Enquanto atuei com a discrição e a distração
Compliquei a vida em nome do presente
Enquanto alimentei a chama perigosa
Anulei a culpa em nome do passado
Enquanto esperei a febre passar
Hesitei me confessar em nome do futuro

A imaginação então foi compensando
A falta do que eu queria e não tinha
Minha boca na tua era meu pequeno sonho
Que eu achava que me bastava
Até a hora em que você me aparecia
Com tanto do que sempre ignorei
E prestando atenção me diverti
Tanto que eu até me esqueci
Que meu mundo não cabia no seu
Então eu me lembrei de como era aquela dor

Não te evitei, não te procurei,
Não te magoei, nem te perdoei
Porque o medo angustiado e o respeito envergonhado
Sufocaram a minha entrega
Não me desculpei, não te consolei,
Não me decepcionei, nem te amei
Porque a nossa história só aconteceu
No meu faz de conta

Ninguém poderá me acusar
Ninguém saberá me julgar
Ninguém precisará me condenar
Porque já paguei pelos acertos e erros que não cometi
Me consola saber que no futuro
Não terei cartas, fotos, presentes pra lembrar
Que no meu vazio com a minha indecisão
Que na minha inquietação com a sua perfeição
Sofri e chorei ao ter a certeza
Que nunca conheceria os teus defeitos

Me alivia saber que algum dia
Vou me lembrar sereno e sorrindo
Do segredo mais bonito que eu guardei

domingo, 16 de novembro de 2008

A jornada do herói

A jornada do herói é uma epopéia considerável,uma jornada de um herói rumo à maturidade,à gênese transformadora de mero neófito em guerreiro de imensa grandeza. Aquele que desafia os deuses e os mortais numa contenda suicida apenas para manter em si mesmo o controle de sua persona.Porém a mitológica história nada mais é do que uma metáfora sobre diversos confrontos que nós,enquanto buscadores,travamos infantes rumo ao final da jornada.
Sempre iniciamos a jornada meio como loucos infantilóides,trazendo no bojo de nossas ações espontaneidade,criatividade e um boa dose determinação cega.Não nos preocupamos com o fracasso,pois esse início é sempre uma criança inocente,que não cogita o fracasso.Dado esse primeiro passo,as estruturas maternas e paternas se fazem presentes.Procuramos a aprovação dos pais ou semelhantes,para que nossa jornada se estruture em termos masculinos e femininos,o céu e a terra,razão e emoção.Nessa fundamental etapa podemos nos sentir despreparados se uma das estruturas falhar ou se fizer ausente.
Durante o percursso vacilamos,nos sentimos em dúvida,as estradas se bifurcam e muitas vezes não vemos a luz no fim do túnel. Nosso juízo de valores pode achar impossível que a jornada termine e tendemos a destruir nossos valores."Morremos"um pouco para ressurgimos renovados,com novo ânimo,desde que vislumbremos a aurora do sucesso.Passamos por um julgamento de nossas ações,que refletem até que ponto foi justa a chegada até esse ponto,sentimos esperança e temor de que nada tenha sido em vão. O fim da jornada chega,o resultado é alcançado e então recomeçamos novamente a batalha,iluminado instante de loucura criativa e estimulante,para nos lançarmos em outra jornada heróica,com o frescor revigorante da busca.

sábado, 15 de novembro de 2008

O problema do blog abandonado no Brasil.

Por Felipe Grilo.

É um sério caso na sociedade brasileira a realidade do blog abandonado. Muitos dos maltratos a blogs se devem à falta de tempo - pois seus pais trabalham muito - à falta de recursos para alimentá-lo, a falta de cuidados com o seu desenvolvimento e de atenção com seu futuro, se tornando os principais fatores para o crescimento deste índice preocupante que mancha o Brasil.

Mesmo com o Estatuto do Blog e da Homepage (que eu acabei de inventar) e com o esforço conjunto de tantos autores, o problema parece estar longe de terminar. Temos vários meios de comunicação na era atual, mas a morosidade é grande na vida do ser humano moderno e, assim, muitos blogs recém-nascidos e abandonados sobrevivem em condições alarmantes de falta de assunto.

(Ou ninguém aqui leu blogs que falam do que o autor comeu no almoço?)

Outro fator importante é a pobreza de conteúdo que cresce desordenadamente nos subúrbios e nas periferias da grande rede, fazendo com que o blogueiro poste vídeos do youtube que todo mundo já viu, ou montagens de fotos que não possuem mais graça. Em contrapartida há o blogueiro que, não suportando tais condições de subsistência, abandona seu blog nos servidores por um tempo e acaba esquecendo a senha – como já aconteceu comigo. O autor fica preso para o lado de fora e vê seu endereço totalmente desamparado, até que alguém de bom coração entra em contato com o servidor e assume o blog junto à responsabilidade de criar, ensinar e ajudar.

No entanto, na maioria dos casos o resultado é um número ainda maior de blogs largados pela blogosfera, falando com estranhos, se drogando, pedindo comentários para sobreviver, dormindo ao relento em nossos Favoritos e, pior, transformando-se em marginaizinhos 2.0 ao virar diretório para vírus e DSTs que vão f**** o seu computador.

O mais triste é que, dentre tantos blogs sem destino nesta vida, muitos deles possuem um potencial a ser lapidado e poderiam se transformar em celebridades de talento maduro, conteúdo apreciado pela high-society virtual, e muito populares no futuro. Isso, se fossem incentivados a freqüentarem a escola e conseguissem um lugar no Google Adsense.

Por tudo isso, é preciso muito empenho das autoridades para criar ações de incentivo, informar e ensinar a população a apreciar um blog. Além disso, é preciso mostrar o problema como ele é, assim como é preciso consciência para combatê-lo com medidas concretas. Só assim acabaremos com o abandono de blogs.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Quem conta um conto...

Por Adriana Hernandes.

Mesmo sendo escaldado, ele não tem medo de água de fria. Costuma petiscar muito, já que gosta de arriscar. Com isso mantém o perigoso hábito cutucar a onça; mas sempre usa uma vara longa, pois um homem prevenido vale por dois.
Como dizem que mais vale pouco do que nada, não olha os dentes de cavalo dado. E nem por isso pensa em tirar o pangaré da chuva, acredita que a esperança é a última que morre.

Nunca feriu ninguém com ferro; já que não faz para os outros, o que não quer que façam para ele, e mesmo que quisesse nem ferreiro o coitado é.
Mas como ele conhece com quem anda, sabe dizer quem é: Gosta de se nomear médico (sempre diz que rir é o melhor remédio) e principalmente louco (mas disso todo mundo tem um pouco).

Quando finalmente descobriu que quem brinca com fogo pode se queimar, percebeu que toda a brincadeira tem lá seu fundo de verdade.
Ele também crê que a pressa é a inimiga da perfeição, por isso vai bem devagar... E vai longe! Sem se importar em chegar por último. No final ele vira o primeiro e acaba rindo melhor.

Em certas ocasiões, pensa que é melhor está só do que mal acompanhado. Mas no fundo sabe que uma andorinha só não faz verão; que todo o chinelo velho uma hora encontra o seu pé cansado; e que, se não há bem que sempre dure, também não há mal que nunca acabe.

É por essas e outras que ele continua apostando alto e comemorando também pelas vezes que perde. Os erros também ensinam, e é como diz um certo ditado: "Azar no jogo..."


*Como eu sempre gostei muito de ditados populares, tai um continho misturando alguns deles.*

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Um acorde,um delírio

Não é segredo para ninguém que a música popular brasileira é uma das mais ricas, tanto harmonicamente, como na sua contundente poesia, representada por grandes nomes como Chico, Vinícus, Tom, Daniel Ramos. Mas nesse post vamos tratar de um segmento da MPB que é muito pouco focado, porém todos nós, uma vez ou outra, nos pegamos cantarolando essas gloriosas pérolas, que aqui vamos chamar de" um acorde, um delírio!"
Como ja foi dito, a lingua portuguesa é uma fonte inesgotável para o talento de nossos compositores, e alguns deles se aproveitam dela para criar canções inesquecíveis, daquelas que você apenas ouve a primeira nota da introdução, e antes que o cantor inicie já estamos em catarse total. Fiz então uma lista de algumas dessas canções, que tem por capacidade arrancar aquele grito de euforia, preso pelo nosso dia-a-dia, mas que só a nossa boa e velha música e popular pode fazer por nós. Vamos a elas:
Maravilhosa(Ivan Lins)
Essa é sem dúvida a que mais estampa o tema desse post. Com certeza, ao ouvir os primeiros acordes, até aquele paciente em coma, no décimo andar da santa casa de saúde, balbucia algo como:
"QUERO...(gritos, fusuê, aplausos efusivos, calcinhas atiradas ao palco...) SUA RISADA MAIS GOSTOSA
E ESSE SEU JEITO DE ACHAR,QUE A VIDA PODE SER MARAVILHOSA..."
Brincar de viver(Guilherme Arantes)
Outro grande exemplo dessa categoria que podemos incluir nessa lista. Parece que os pianistas tem uma certa tendência a criar grande introduções para suas canções, e nosso amigo Guilherminho não foge a regra:
"QUEM ME CHAMOU(e começa a grande onda de alegria e o lugar se incendeia, e até o hipertenso na segunda fila sente umas pontadas...)
"QUEM VAI QUERER VOLTAR PRO NINHO, REDESCOBRIR SEU VIVER...."
Oceano( Djavan)
Nosso bom e velho amigo Djavan também produziu suas pérolas delirantes, e essa, além de ser um dos seus maiores sucessos, fecha maravilhosamente o ciclo do "um acorde,um delírio"
"ASSIM( os aplausos e gritos agora atingem 140 decibéis e o hipertenso na segunda ja sente uma adaga de fogo lhe atear o peito)
"QUE O DIA AMANHECEU, NO MAR ALTO DA PAIXÃO
DAVA PRA VER, O TEMPO RUIR..."

domingo, 2 de novembro de 2008

E lá se vai a tal da dignidade...

Bom dia amiguinhos já estou aqui, tenho tantas coisas pra nos divertir, quero você então contar até....enfim,é por aí que quero começar o post de hoje.Como aprendi a duras penas,histórias de humilhação e degradação pessoal são aquelas que mais prendem o leitor,e por sorte ou azar,minha vida é cheia desse pequenos anátemas de felicidade,e sem o menor pudor divido-os com meus amados leitores.
A história de hoje se chama “Estúpido,muuiiitooo estúpido!”
Retornemos a um distinto ano que não citarei ao certo, pois nem eu mesmo me lembro da data acertadamente, mas me recordo dos fatos como se fossem hoje. A história começa com esse blogueiro ligeiramente apaixonado (ops..acho que nunca citei essa frase por aqui) por uma mademoseille em questão. Porém a história começa a ficar dramática quando a moçoila me confessou em algumas palavras :” Ai Dani( não sei porquê sempre que uma frase começa assim sinto um jato de nitrogênio líquido na espinha) você é tão legal(começo a sentir algo como uma martelada no dedo mindinho) tão fofo (ok, a gente também diz isso pros macacos no simba-safari), sou feliz por ter um amigão como você!( Nesse momento rasguei o verbete “masculinidade” do meu dicionário). E a tortura não acabou por aí, como um caçador que quer ter certeza do abatimento de sua vítima, ainda dá um tiro de calibre 12 na minha jugular dizendo “ ai...to muito a fim do rodriguinho, você me ajuda?”
E é claro,como um bom pedaço de pão Pullmam, facilmente dobrável, aceitei ajudá-la nisso. A ajuda viria em forma de carona para uma balada,onde os dois iriam acidentalmente se encontrar.E fomos nós, eu e ela, diretamente para a morada de Satã.Lá chegando,via que ela estava ligeiramente ansiosa e eu só conheço um remédio pra isso. “Vodca!!”pedi para o garçom.E assim tem início mais uma jornada etílica, até que o bendito do Rodriguinho me aparece, todo arrumadinho, gel no cabelo, e com uma morenassa à tira-colo. Ao ver aquilo, a donzela(que nessa hora mais parecia uma prostituta bêbada) investe com mais força no álcool, mas infelizmente aquela quantidade do líquido sagrado não foi capaz de conter a enxurrada de lágrimas que veio a seguir.
Obviamente, o amigo Maionese(que só acompanha) estava lá para dar seu ombro amigo, mas que se não me cuidasse, viraria alvo do retorno do jantar dela em menos de alguns minutos.Foi quando ela balbuciou algo, que eu entendi como “preciso ir ao banheiro”,e lá fui eu deixá-la na porta do WC.Mesmo se ela tivesse dito “preciso de insulina urgente” eu a teria deixado na porta do banheiro do mesmo jeito. A fila estava imensa, então resolvi dar uma volta pela balada.Depois de uma meia hora a encontro parada no mesmo lugar,e a fila já formada por pessoas totalmente diferentes das que estavam Eis que pergunto: “Você não ia ao banheiro?” e ela, com a voz ainda embargada pelo choro e álcool (isso parece música do Belchior) me diz: “Não precisa mais!”
Inacreditável dizer que a cretina urinou-se na fila, sem ter qualquer discernimento de onde ela estava,molhou a roupa intima da mesma forma que uma criança de um ano e falando tanta besteira quanto. Sem saber o que fazer,fui buscar um copo d’água, mas quando volto, qual minha surpresa: O Rodriguinho esta xavecando a moça, e de maneira tão incisiva, que acaba levando-a para casa...em seu carro. Naquela hora tive vontade de pedir uma dose de conhaque e uma espingarda, mas me contive ao me conformar que pelo menos não seria o banco do meu carro que seria lavado em urina e álcool(olha o Belchior aí de novo).

sábado, 1 de novembro de 2008

Versinho branco nº 171


Por Felipe Grilo.

Se a Bienal de Artes
Deixa um andar inteiro vazio
Jurando que é arte
Quando é só falta de verba,
Por que é que eu,
Tão humilde artista,
Preciso escrever
Na falta de idéia?