terça-feira, 18 de novembro de 2008

Velhas coisas de sempre.

Por Vinícius Noronha,

Noites sem sono costumam ser mais fáceis quando não se tem algo a se pensar. Será que um dia eu conseguirei esvaziar de mim todas as virtudes que tentei me forçar a ter para assim não me arrepender de tantas experiências que não tive?
Acho que nem ela nem eu estivemos preparados. Tinha dito que quem desistisse primeiro não iria ver a dor de frente, deixando o outro mais vulnerável à qualquer pequena aflição que a ausência do primeiro, ou no caso de si mesmo, pudesse causar.
- Eu tenho tanta coisa pra te dizer, o problema são as palavras.
- Não, o problema é que dizer não basta. Dizer é muito simples e tem coisas que você nunca vai sacar...
- Por que diz isso...?
Tem horas que o silêncio não diz nada. Só fere.
Eu desejara que meu grito interno rompesse essa incapacidade de ação que minha insegurança cria e atravessasse todos os cômodos, cidades e labirintos em que já estive com ela, e pousasse em sua tranquilidade pra me dizer todas aquelas velhas coisas de sempre, e desse um exemplo do que ações não são eficazes em demonstrar.
- E de que adianta tudo isso?
- Adianta que você nunca vai ter isso de novo
- Ah...

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