quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Quem conta um conto...

Por Adriana Hernandes.

Mesmo sendo escaldado, ele não tem medo de água de fria. Costuma petiscar muito, já que gosta de arriscar. Com isso mantém o perigoso hábito cutucar a onça; mas sempre usa uma vara longa, pois um homem prevenido vale por dois.
Como dizem que mais vale pouco do que nada, não olha os dentes de cavalo dado. E nem por isso pensa em tirar o pangaré da chuva, acredita que a esperança é a última que morre.

Nunca feriu ninguém com ferro; já que não faz para os outros, o que não quer que façam para ele, e mesmo que quisesse nem ferreiro o coitado é.
Mas como ele conhece com quem anda, sabe dizer quem é: Gosta de se nomear médico (sempre diz que rir é o melhor remédio) e principalmente louco (mas disso todo mundo tem um pouco).

Quando finalmente descobriu que quem brinca com fogo pode se queimar, percebeu que toda a brincadeira tem lá seu fundo de verdade.
Ele também crê que a pressa é a inimiga da perfeição, por isso vai bem devagar... E vai longe! Sem se importar em chegar por último. No final ele vira o primeiro e acaba rindo melhor.

Em certas ocasiões, pensa que é melhor está só do que mal acompanhado. Mas no fundo sabe que uma andorinha só não faz verão; que todo o chinelo velho uma hora encontra o seu pé cansado; e que, se não há bem que sempre dure, também não há mal que nunca acabe.

É por essas e outras que ele continua apostando alto e comemorando também pelas vezes que perde. Os erros também ensinam, e é como diz um certo ditado: "Azar no jogo..."


*Como eu sempre gostei muito de ditados populares, tai um continho misturando alguns deles.*

2 comentários:

Anônimo disse...

texto fantastico!coisa boa ler estes ditos populares juntos fazendo sentido!!adorei!parabens!

Anônimo disse...

Poxa, Maria Carolina, muito obrigada!!
:)