por Cristiane Senn
Se lhe fosse ordenado que escolhesse uma característica que a identificasse, (obedeceria) era a de que prezava a ordem acima de todas as coisas.
Por isso deixava que tudo se bagunçasse durante meses, pra que pudesse ter o prazer (Freud, explicae!) de colocá-las no lugar. Guardava papéis, panfletos, embalagens, canetas vazias e tranqueiras mais para depois poder amassá-las, rasgá-las, decepá-las, esquartejá-las, fazer um snuff movie com elas e depois doar os órgãos pra usina de reciclagem clandestina mais próxima.
Assim, saboreava a liberdade e a satisfação de ver uma grande sacola de restos de memórias inúteis indo embora, ao mesmo tempo em que alimentava seus instintos sádicos e fingia que:
a) driblava a inércia
b) abria para si um pouco de espaço naquele mundo que aimeudeus como sufoca!
E assim ia-se indo e se adiando tarefas mais importantes que, sim, gostava de realizar, mas que tinha verdadeira ojeriza em INICIAR*.
* BUUUUUU...
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Um comentário:
uma das minhas preferidas do radiohead.
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