Por Adriana Hernandes.
Mesmo sendo escaldado, ele não tem medo de água de fria. Costuma petiscar muito, já que gosta de arriscar. Com isso mantém o perigoso hábito cutucar a onça; mas sempre usa uma vara longa, pois um homem prevenido vale por dois.
Como dizem que mais vale pouco do que nada, não olha os dentes de cavalo dado. E nem por isso pensa em tirar o pangaré da chuva, acredita que a esperança é a última que morre.
Nunca feriu ninguém com ferro; já que não faz para os outros, o que não quer que façam para ele, e mesmo que quisesse nem ferreiro o coitado é.
Mas como ele conhece com quem anda, sabe dizer quem é: Gosta de se nomear médico (sempre diz que rir é o melhor remédio) e principalmente louco (mas disso todo mundo tem um pouco).
Quando finalmente descobriu que quem brinca com fogo pode se queimar, percebeu que toda a brincadeira tem lá seu fundo de verdade.
Ele também crê que a pressa é a inimiga da perfeição, por isso vai bem devagar... E vai longe! Sem se importar em chegar por último. No final ele vira o primeiro e acaba rindo melhor.
Em certas ocasiões, pensa que é melhor está só do que mal acompanhado. Mas no fundo sabe que uma andorinha só não faz verão; que todo o chinelo velho uma hora encontra o seu pé cansado; e que, se não há bem que sempre dure, também não há mal que nunca acabe.
É por essas e outras que ele continua apostando alto e comemorando também pelas vezes que perde. Os erros também ensinam, e é como diz um certo ditado: "Azar no jogo..."
*Como eu sempre gostei muito de ditados populares, tai um continho misturando alguns deles.*
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2 comentários:
texto fantastico!coisa boa ler estes ditos populares juntos fazendo sentido!!adorei!parabens!
Poxa, Maria Carolina, muito obrigada!!
:)
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