domingo, 19 de outubro de 2008

Amor nos tempos de orkut

Não é segredo pra ninguém que o site de relacionamentos Orkut tornou-se um dos maiores pilares da mídia moderna, alterando até radicalmente, podemos dizer, a vida de todos os usuários que adentram esse mundo paralelo. Para alguns não passa de um mero entretenimento, mas para alguns é quase tão comum usar o orkut quanto comer ou fazer necessidades fisiológicas(para alguns o orkut é mesmo uma grande m....).
Mas um fenômeno desses não poderia passar impune no que tange às nossas vidas. Com uma coisa que pode mudar até maneirismos mais costumeiros, era óbvio que também alteraria algumas nuances de rotina. Uma das mais clássicas é no que diz respeito aos aniversários. Chega daquela boa e velha ligação pro amigo de infância, conhecido, primo,cunhado...nada amigo! Um bom e velho scrap resolve, e ai de quem reclamar( “E meu aniversário hein? Pó mandei um scrap no dia seguinte!”), ou seja, nem com o Orkut avisando, ainda tem gente que tem a cara de pau de esquecer!
Porém o motivo desse post, como vocês podem ter notado, é abordar o fato de como o Orkut pode influenciar de maneira tanto positiva, quanto negativa, nossos relacionamentos interpessoais mais íntimos.
De maneira negativa podemos colocar em pauta a crueldade que é você se esforçar para encontrar alguém por lá, que você não via faz tempo, e que tinha uma fagulha de esperança de pegar a cauda do cometa, quando pra sua surpresa está no status de relacionamento: NAMORANDO. É uma delícia, algo estupendo, eu compararia isso a comer creme de milho com asfalto(e eu odeio creme de milho!!).
Porém nem tudo é joio nesse mundinho virtual. O Orkut também veio pra ajudar em muita coisa, e uma das principais é o fato de você conseguir encontrar pessoas da balada, do barzinho, do cinema apenas sabendo o nome e o sobrenome. Fica fácil manter contato, e é pra isso que tiro o chapéu para o orkut. Se isso existisse a alguns anos atrás, com certeza muitas da minhas identidades que usei na balada teriam caído por terra. (ainda deve ter gente que acha que eu jogo no XV de Jaú). E já que coloquei na roda, vou citar pra vocês alguns de meus alter-egos, que costumava usar antes do advento do Orkut, acompanhado da estatística de quantas vezes deu certo.

“ Muito Prazer, Júnior Alexandre, meia-direita do Mogi Mirim!”( duas vezes)

“Carlos Antônio, Chef de cozinha e amante das artes plásticas”( uma vez, e quase fui agarrado por outros seres do mesmo sexo umas quatro!)

“Kaiodê, estudante de intercâmbio de Ziganda!”( uma vez)

“Claudinho Matarazzo, excêntrico milionário. Procuro amigos pra me ajudar a gastar minha herança sem qualquer parcimônia!”( Ok, esse nunca deu certo porquê nunca me deixaram entrar na balada de cartola, monóculo de prata e montado num avestruz. Se conseguisse seria batata!)

“ Daniel Bereco ao seu dispor!”( sem estatísticas pra esse ok?)

Enfim, bons tempos aqueles, que não voltam mais. Porém é melhor assim, as máscaras duram um pouco menos, mesmo que as surpresas possam ser desagradáveis, como achar aquela pessoa que você conheceu na balada e ao fuçar nas comunidades dela descobre que participa da comunidade “ Sim, eu tenho herpes bucal!”...Mas acontece...

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