quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Cadeira de Balanço.

Por Adriana Hernandes.

Dorme, pode dormir. Que nas próximas horas você seja apenas seus olhos fechados, pijama e cobertas. Braços soltos e pernas dobradas ao modo mais confortável que encontrar.

Dorme. Que nos sonhos que te acompanham você possa conquistar o que quiser: Pisar na lua, marcar um golaço, matar dragões, salvar o mundo ou simplesmente dirigir o batmóvel. E que a decepção não te enfraqueça assim que essa realidade derreter com o clarear de um outro dia.

Dorme. E aproveite ao máximo cada segundo desse sono terno, involuntário e que a vida, sem titubear, faz questão de tornar finito. Porque logo, logo, você perceberá que melhor que o sono dos justos, só mesmo o sono dos inocentes.

Dorme. Não tenha medo nem se assuste com os pesadelos e delírios que ousarem invadir a tua tenda. Eu lhe trago uma canção de ninar, a cura para todo o mal e a convicção de que minha missão na Terra é única e exclusivamente enxugar o suor do teu rosto e fazer baixar a tua febre.

Dorme, pode dormir. E assim que todo esse faz-de-conta acabar, e você der de cara com teto e paredes, tombe a cabeça para o lado e enxergue a sua maior fã, em silenciosa adoração, sempre alerta e a postos. Pronta para seguir suas ordens, acatar todas as suas vontades e te entregar o mais doce, quente e saboroso copo de leite.

Um comentário:

Grilo disse...

Nooooooossa, Dri. Por um momento eu me senti tão calmo e confortável...