Por Adriana Hernandes.
Dorme, pode dormir. Que nas próximas horas você seja apenas seus olhos fechados, pijama e cobertas. Braços soltos e pernas dobradas ao modo mais confortável que encontrar.
Dorme. Que nos sonhos que te acompanham você possa conquistar o que quiser: Pisar na lua, marcar um golaço, matar dragões, salvar o mundo ou simplesmente dirigir o batmóvel. E que a decepção não te enfraqueça assim que essa realidade derreter com o clarear de um outro dia.
Dorme. E aproveite ao máximo cada segundo desse sono terno, involuntário e que a vida, sem titubear, faz questão de tornar finito. Porque logo, logo, você perceberá que melhor que o sono dos justos, só mesmo o sono dos inocentes.
Dorme. Não tenha medo nem se assuste com os pesadelos e delírios que ousarem invadir a tua tenda. Eu lhe trago uma canção de ninar, a cura para todo o mal e a convicção de que minha missão na Terra é única e exclusivamente enxugar o suor do teu rosto e fazer baixar a tua febre.
Dorme, pode dormir. E assim que todo esse faz-de-conta acabar, e você der de cara com teto e paredes, tombe a cabeça para o lado e enxergue a sua maior fã, em silenciosa adoração, sempre alerta e a postos. Pronta para seguir suas ordens, acatar todas as suas vontades e te entregar o mais doce, quente e saboroso copo de leite.
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Um comentário:
Nooooooossa, Dri. Por um momento eu me senti tão calmo e confortável...
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