Por Adriana Hernandes.
Não sei se vocês já perceberam, mas o mundo entrou na era do bloqueio.
É bloqueio de celular, de cartão de crédito, de conta bancária, de contatos do Msn, de recados/fotos/vídeos do Orkut... Tem bloqueio de todos os tamanhos, formas, cores e sabores; pode escolher, fica a gosto do freguês.
Pra ser sincera, nenhum desses bloqueios me afeta diretamente, ou me deixa tão mal quanto um em especial, que costuma me assombrar de vez em quando: O bloqueio mental.
Não ligou o nome a pessoa? Eu explico: Bloqueio mental, é aquele bloqueio que te faz ficar parado(a), estagnado(a), apopléctico(a), em frente a página do Word sem idéia alguma para escrever nada... Nadinha... Necas de pitibiriba.
Você pode ouvir a música mais romântica, viver a paixão mais tórrida, ler Shakespeare ou se entupir de chocolate, nada vai te inspirar.
E isso é simplesmente horrível, já que esse bloqueio faz você apelar para subterfúgios nada nobres: Como escrever palavras difíceis pra enfeitar o possível texto e praticar a tão velha e conhecida arte de encher lingüiça.
Então, nobre colega que, agora, não consegue escrever aquela carta de amor, aquele relatório urgente ou aquela redação sobre desenvolvimento sustentável, te convido a participar da campanha "Bloqueio, não!".
Vista essa camisa, prenda esse botton no peito e grite aos quatro ventos "Bloqueio, não!".
Agora, se você é sensato o bastante para não pagar esse mico, aqui vão umas dicas: Relaxe, conforme-se, aceite sua condição de ser humano errante, perceba que você nunca estará sozinho nesse momento de agonia e tente novamente, mais tarde.
Assim como celulares, sistemas de bancos, programas de computador e páginas de internet; o ser humano também está suscetível a bloqueios e falhas. Todos nós temos dias de "fora de sistema", "fora da área de cobertura" ou "esse programa não está respondendo".
Está certo que nós não podemos nos formatar, nos levar pra assistência técnica, trocar o chip nem usar um Ctrl+Alt+Del nas situações complicadas. Mas não fique triste, isso é bom, é o que nos diferencia da semgracisse das máquinas e dá um gostinho especial na vida... Gostinho salgado, mas especial.
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