segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Olhos vendados.


Por Sergio Faria.

Olhos vendados não vislumbram o remédio
Que provavelmente não estará num divã
Mas na escola, no primeiro emprego
Ou na casa de uma amiga da sua irmã

Olhos vendados não enxergam o espelho
Que você ignora insistentemente
Mas que é muito seu amigo
Desde que você se conhece por gente

Não te agrada o que a natureza fez?
Quantos te olharam mais de uma vez?
Os seus argumentos de que o mundo
Não é um equívoco
Não me convencem não
Só me cativam

Sei que mesmo uma multidão
Cortejando sua essência e beleza
Você fugirá incrédula
Derrotada pela incerteza
Quando você chegar
Não pense no que as pessoas vão achar de você
Quando você chegar só pense
O que achará delas e quem você vai escolher

Olhos vendados não olham pra traz
Onde é feio e triste o filme que passa
Ideal pra te mostrar como és feliz
E o quanto você sempre sofre de graça

Olhos vendados não deixam perceber
Que os conselhos que você tanto quer
Todos nós compartilhamos
Sem cerimônia qualquer

Até os quinze você leu bastante
Que tal viver de agora em diante?
As vezes é bem mais fácil
Vencer um exército
Do que aquele outro inimigo
Que vive dentro de nós

Sei que sempre será fácil
Falar da angústia que não se vive
Sei que não quero que você
Tenha as dúvidas que eu tive
Não desperdice as oportunidades
E responda a chamada
Porque a vida é irreversível
Até a próxima jornada

2 comentários:

José Luís disse...

Ciente Faria.
Consciente Sergio!
Prabéns cumpadi

Anônimo disse...

Muito Bom!!!!!!!
De carne, osso e pensamento...