Por Daniel Ramos.
Ah, os relacionamentos... Como pode algo tão simples, nos tirar noites de sono, nos fazer suar frio quando nos aproximamos daquela pessoa especial, fazemos loucuras de amor e paixão para conquistar a pessoa amada e quando conseguimos... Bem, ai começam os primeiros meses de namoro, frio na barriga... Bem vou parar por aqui, porque o resto vocês conhecem. Meu assunto nesse post é compartilhar com os leitores os meus maiores micos em relacionamentos, aqueles de deixar Ben Stiller no chinelo. Preparados? Então, puxem um cadeira (acho que já fizeram isso) e venham ver o espetáculo.
MICO 1
Como sempre começando com um mais light. Estava eu na casa de um desses meus "causos", e notei que ja começava a ficar tarde. Como o namoro ainda estava no começo e eu conhecia bem minha fama de desastrado, evitava ficar pra jantar ou qualquer coisa em que pudesse chafurdar na minha própria lama de patifarias. Mas aquele dia não pude evitar, pois além de estar deveras tarde e meu estômago roncava como motor de patinete, resolvi ficar e deleitar aquela refeição em família. Para minha sorte, os membros da casa haviam saído, e estavamos na casa apenas eu, a "perna-de-calça" da minha namorada na época e o pai dela, dormindo no sofá. O jantar mais tradicional possível para uma noite de sabado: Pizza. Comemorei, mesmo que antes do tempo, pois era algo que dificilmente eu pagaria mico, a não ser que derramasse um fatia de calabreza na minha calça de moleton. Doce ilusão, pois eis que depois que nos servimos do alimento, eu resolvo abrir a garrafa de refrigerante. Só que em minha soberba falta de noção, esqueci que o refrigerante vem numa garupa de moto, com um condutor assás irresponsável, pulando lombadas e chacolhando feito dançarina de axé. Portanto, no momento que abro o refrigerante, aquilo explode de maneira irreprodutível, e confirmando a lei de Murphy, caindo um bom bocado de seu conteúdo em cima da inerte pizza. Aí ja viu, aquilo virou um mar de catupiry, azeitona, lombo e guaraná Dolly. Mas o pior foi meu ex-sogro, recém acordado de sua soneca vespertina, ainda meio grogue, servindo-se calmamente do que sobrou da pobre coitada. Nem quero imaginar a reação dele comendo aquela deliciosa mistura agridoce, tipicamente brasileira (afinal, gente, guaraná é da Amazônia né?!)
MICO 2
MICO 3
Sinceramente me pergunto como depois de tanto mico não continuo virgem até hoje. Bem, esse foi mais desgradável ainda do que os outros. Meu namoro já não andava as mil maravilhas, e eu tentava fazer de tudo para agradar. Numa noite, uma prima dela trouxe uma fita de vídeo na qual mostrava minha ex na formatura da quarta série, e nela aparecia seu finado pai. Era o único registro de imagem dele, e aquela fita era uma relíquia familiar. Só que havia um detalhe: eles não tinha vídeo cassete em casa, e eu como sempre, na melhor das intenções, me ofereci para emprestar o meu. Voltei pra casa e peguei meu legítimo "panaphonics" de Bogotá, com uma cabeça e meia, e levei para que pudessemos assistir. Demorei uma hora pra instalar, porque aquilo que eles tinham não era uma TV e sim um fogão de quatro bocas com imagem, mas tudo bem, consegui instalar. Colocamos a fita, e lá estavam as belas imagens dela pequenina no colo do pai, e todos na sala com os olhos marejados de saudade. Mas eis que meu vídeo começa a fazer um barulho estranho, que aumenta a cada minuto. Era um barulho como se lá dentro houvesse um gremlin faminto, um porco gemendo na faca, que estava ficando ensurdecedor, até que a imagem apaga de vez. Todos se entreolham assustados e eu me levanto para ver o que ocorreu. A situação começa a ficar afro-brasileira quando aperto o botão de ejetar e nada da fita sair. O suor frio descia pela minha espinha até chegar no meu glúteo máximo, que nesse momento encontrava-se em estado de animação suspensa devido ao medo. Me virei para os parentes e fiz sinal de negação com a cabeça, como um médico que dá a notícia de um falecimento. Completamente atordoado, levei o vídeo para minha casa e la tentei fazer algo. Aquele lixo teve que ser aberto a golpes de marreta, para então tirar de lá o que sobrou da fita, completamente carcomida e distorcida. Claro que meu namoro não durou uma semana depois daquele fato. Mas faz parte. O namoro foi para o cemitério junto com a fita.
4 comentários:
Juro que eu não sei se rio ou choro.
Independente da minha reação, adorei essa tragicomédia!! :D
O que não é trágico, é cômico.
Como diz o meu colega lá do trabalho, em situações como estas:
"Só bosta, meu caro. Só bosta."
Lembro de quando essas histórias eram motivo de gargalhadas incontroláveis na faculdade. hehe
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