Por Daniel Ramos.
Não caros leitores, eu não pirei de vez! Afinal de contas vocês devem estar se perguntando por que diabos eu escrevo um post com um título desses no exato dia em que termina o maior evento esportivo do mundo. E deixo claro também que não tratarei aqui das para-olimpíadas, prestes a se iniciarem. O jogo ao qual me refiro é um que está na sua aurora, porém ficou meio ofuscado nas últimas semanas: O jogo político!
Calma, não pretendo aqui fazer um texto de revolta, partidário a alguma causa, nem tampouco fazer propaganda para algum candidato específico, até mesmo porque eu nem acompanho a vida política do país de forma acintosa para que possa escrever algo coeso e embasado. Porém, com a graça do nosso bom criador, eu fui agraciado com dois olhos que enxergam além do óbvio e dois ouvidos que fazem uma conexão direta com minha maldita boca, a qual não consigo calar nem mesmo nos momentos mais inoportunos. E é com essas ferramentas que tenho observado o que acontece nessa época eleição. Não vou cair no lugar comum e explanar sobre as táticas de santinhos e afins, mas sim a um fato que ao meu ver vem aumentando nas últimas eleições. Noto que nas eleições, para prefeitura principalmente, está havendo um crescente número de candidatos pouco convencionais, daqueles que você não consegue imaginar colocando um terno e possuindo um gabinete na câmara dos vereadores, quanto mais discutindo e elaborando leis que venham ao encontro da população votante. Contrariando as leis imaginadas por Platão, nas quais em uma sociedade utópica, a justiça seria que cada um fizesse o que lhe é cabido e a política deveria ser praticada por aqueles realmente aptos a fazê-la. Mas não é o que tenho visto já a algum tempo nas eleições. Você leitor, em sua mais elevada parcela de consciência, votaria em um candidato chamado CARABINA? JORGE DO CEMITÉRIO, que faz propaganda na mesma perua que transporta os cadáveres e que na última eleição obteve apenas um voto...E NÃO FOI O DELE! Ou seja, nem o próprio candidato acredita nele. E o que dizer de nomes como JAPONÊS DO FUNK, SUELI MACARRÃO e TONINHO DA MERCEÁRIA; esse último com o convidativo slogan “eu odeio gente chique, eu não uso sapato”(???!!!). Por mim eu mudaria a frase para “eu odeio gente chique, eu não uso sapato e recebo minhas informações de um gorila azul com asas que fica no meu ombro”. Ficaria mais a cara dele. Enfim, é a liga da justiça dos candidatos cretinos!
Mas é claro que muitos deles acabam entrando, por dois principais motivos: o primeiro é o bom humor típico do brasileiro e o segundo é a categoria chamada voto-protesto. Sim, é esse voto que conta com a desilusão do povo com relação aos candidatos e que acabam votando nas chamadas figuras como uma maneira de afrontar a própria política. Mas isso acaba gerando um círculo vicioso, onde o voto-protesto serve para protestar( nossa, Jura!!!), mas ao mesmo tempo acaba elegendo um candidato que não irá resolver muita coisa, deixando o povo revoltado e voltando ao início do círculo.
Só para ilustrar, em Santos, nos anos 80, o vereador mais votado foi o incrível ZÉ MACACO, que tinha essa alcunha devido ao seu trabalho de distribuidor de panfletos, vestido de....adivinhem?Sim, um símio. Ou seja, o presidente da câmara dos vereadores de Santos seria um ser travestido de gorila. Seria se ele não fosse completamente analfabeto, o que deu o lugar ao segundo vereador mais votado.
Enfim, seja responsável por suas ações, porquê o voto, protesto ou não, pode acabar colocando no poder alguém sem a menor condição de ser o seu representante máximo.
Um comentário:
Essa é a realidade da política brasileira! Além desses candidatos, existe aqueles que não contentes em participar do show business, resolveram participar da câmara tbm!
É oe menu mais longo e sem opções que eu já vi.
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